O Brasil registrou 130 casos de febre amarela no país, sendo que 53 vieram a óbito, no período de 1º julho de 2017 a 23 de janeiro deste ano. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 381 casos e 127 óbitos
O Ministério da Saúde atualizou nesta terça-feira (24) as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação da febre amarela no país. No período de monitoramento (de 1º de julho/2017 a 23 de janeiro de 2018), foram confirmados 130 casos de febre amarela no país, sendo que 53 vieram a óbito. Ao todo, foram notificados 601 casos suspeitos, sendo que 162 permanecem em investigação e 309 foram descartados, neste período.
No ano passado, de julho de 2016 até 23 janeiro de 2017, eram 381 casos confirmados e 127 óbitos confirmados. Os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano.
“Embora a área exposta este ano seja muito maior e abarque grandes cidades com maior concentração populacional do que no ano passado, esses números demonstram que a situação deste ano é muito mais controlada, se comparada ao ano passado”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
CAMPANHA – A campanha de fracionamento da vacina contra a febre amarela começa nesta quinta-feira (25) nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A antecipação foi adotada porque o Ministério da Saúde já repassou, a ambos os estados, os insumos que serão utilizados nas campanhas. Até o momento, a campanha de vacinação no estado da Bahia permanece na data prevista (entre 19 de fevereiro e 9 de março).
Para auxiliar os estados e municípios na realização da campanha, o Ministério da Saúde vai encaminhar aos estados R$ 54 milhões. Desse total, já foram repassados R$ 15,8 milhões para São Paulo; R$ 30 milhões para Rio de Janeiro, e está em trâmite a portaria que autorizará o repasse no valor de R$ 8,2 milhões para a Bahia.
A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando há aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. A dose fracionada tem apresentado a mesma proteção que a dose padrão. Estudos em andamento já demonstraram proteção por pelo menos oito anos e novas pesquisas continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período.
O Ministério da Saúde, no ano de 2017 até o momento, encaminhou à todas Unidades Federadas o quantitativo de aproximadamente 57,4 milhões de doses da vacina. Para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia foram enviados cerca de 48,4 milhões de doses da vacina febre amarela, com objetivo de intensificar as estratégias de vacinação de forma seletiva, sendo 18,3 milhões (SP), 10,7 milhões (MG), 12 milhões (RJ), 3,7 milhões (ES) e 3,7 milhões (BA).
É importante informar que a febre amarela é transmitida por meio de vetor (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes no ambiente silvestre). O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942, e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.
DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE FEBRE AMARELA NOTIFICADOS: 1º/7/2017 A 23/01/2018
UF (LPI)* |
Notificados | Descartados | Em Investigação | Confirmados | Óbitos |
AP |
2 | 2 | – | 0 |
– |
AM |
1 | 1 | – | 0 |
– |
PA |
18 | 11 | 7 | 0 | – |
RO | 5 | 5 | – | 0 |
– |
RR |
2 | 2 | – | 0 | – |
TO |
7 | 6 | 1 | 0 |
– |
BA | 11 | 6 | 5 | 0 |
– |
CE |
1 | 1 | – | 0 |
– |
MA |
1 | 1 | – | 0 |
– |
PE |
1 | 0 | 1 | 0 |
– |
PI |
3 | 1 | 2 | 0 |
– |
RN |
1 | 0 | 1 | 0 |
– |
DF |
22 | 17 | 4 | 1 |
1 |
GO |
20 | 14 | 6 | 0 |
– |
MT |
1 | 0 | 1 | 0 |
– |
MS |
4 | 3 | 1 | 0 |
– |
ES |
53 | 31 | 22 | 0 |
– |
MG |
123 | 55 | 18 | 50 |
24 |
RJ |
22 | 3 | 1 | 18 |
7 |
SP |
277 | 132 | 84 | 61 |
21 |
PR |
14 | 13 | 1 | 0 | – |
RS |
7 | 3 | 4 | 0 |
– |
SC |
5 | 2 | 3 | 0 |
– |
Total | 601 | 309 | 162 | 130 |
53 |
Dados preliminares e sujeitos à revisão
*LPI – Local Provável de Infecção
Fonte: Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde