Na última quarta-feira (01/05) foi celebrado o Dia do Trabalhador, data comemorativa internacional, reconhecida em vários países do mundo. O SUS desenvolve ações voltadas especialmente para a saúde do trabalhador, que devem ser incluídas na agenda da rede básica de atenção à saúde. Com essas ações, a assistência é ampliada e a atenção se volta para um adoecimento específico que exige estratégias de promoção, prevenção e recuperação da saúde.

Vale citar como exemplos os problemas causados por garimpos, utilização de agrotóxicos, indústrias siderúrgicas, cuja contaminação ambiental pode causar agravos à saúde da população trabalhadora. Outro exemplo, é o trabalho dos catadores de lixo, que pode trazer vários agravos, caso os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) não sejam utilizados corretamente.

O projeto Pró Catador, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Colíder, no Mato Grosso, promoveu ações para melhorar a qualidade de vida dos catadores de material reciclado da usina de triagem e compostagem do município. O projeto contou com o Circuito Saúde que ofertou palestras e atendimentos, além de ações em parceria com outros setores que orientaram sobre a carteira de trabalho e o EJA, incentivando a volta dos trabalhadores à escola.

A autora do projeto, Dayane Rodrigues, explica que as ações foram construídas em parceria com os trabalhadores. “Foram realizadas visitas técnicas, coletamos informações e identificamos várias intercorrências, como uso de EPIs em condições ruins e até trabalho infantil. A segunda etapa foi levar esses trabalhadores para a UBS para uma série de exames e, por fim, o Circuito Saúde fomentando ações intersetoriais”.

A SAÚDE NA ZONA RURAL

O projeto Plantando com Saúde, da secretaria municipal de Pindoba-AL, também é uma experiência exitosa do SUS voltada para o trabalhador. Em 2018, a equipe multidisciplinar do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) atendeu mais de 50 agricultores do município. O trabalho tem objetivo de ofertar serviços de prevenção e promoção da saúde especialmente voltadas para lesões por esforço repetitivo provocadas pelo trabalho.

“O NASF fez um levantamento na UBS e diagnosticaram que os trabalhadores rurais estavam procurando os serviços por conta de dores causadas pelo trabalho no campo, no manuseio da enxada e movimentos feitos para o plantio e colheita, por exemplo”, explica a secretária municipal de saúde Helineide Sousa.

A fisioterapeuta, Gabriela Barbosa, conta que as principais queixas eram dores na coluna, cervical, lombar e nos ombros. “Planejamos encontros mensais reunindo esse grupo para diversas palestras sobre postura, alongamento e explicamos os tipos de lesões que podem ser geradas pelo trabalho. No dia do encontro também realizamos diversos exames como medição de pressão e eletrocardiograma”.

As duas experiências foram premiadas na 13ª e na 14ª Mostra Brasil aqui tem SUS. Clique aqui e conheça outras experiências premiadas.

Fonte: Por Talita Carvalho, da Assessoria de Comunicação do CONASEMS – Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde.

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