Onze finalistas foram selecionados para concorrer ao Prêmio APS Forte que levará três vencedores para uma experiência internacional na Área da Atenção Básica.

Promover o acesso da população ao Sistema Único de Saúde (SUS), priorizando e reforçando o papel da Atenção Primária à Saúde (APS) é uma das prioridades desta gestão do Ministério da Saúde. Por isso, a pasta criou uma premiação para experiências exitosas na área e irá premiar três exemplos de estratégias adotadas por profissionais de saúde que contribuíram para melhorar a rotina de atendimento nas unidades da Atenção Primária e, consequentemente, melhorar a saúde do cidadão que utiliza o SUS. O objetivo do Prêmio ‘APS Forte: Acesso Universal’ é valorizar iniciativas de profissionais que transformam seu tempo e conhecimento em estratégias para ampliar o acesso e melhorar o atendimento à população no âmbito da Atenção Primária.

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Um comitê técnico formado por representantes do Ministério da Saúde, OPAS e outras instituições do setor selecionaram onze ações para a reta final da apuração. No total, o site da premiação recebeu mais de 1.290 inscrições de iniciativas para o Prêmio APS Forte – dessas, 946 ações foram indicadas para participar do processo seletivo. Práticas das cinco regiões brasileiras foram escolhidas para a final da competição. Ao final do processo seletivo, três profissionais serão escolhidos para uma experiência internacional no setor da saúde com foco na Atenção Primária. 

Além das entidades, fazem parte do comitê técnico os conselhos nacionais de secretarias municipais e de secretários de Saúde (Conasems e Conass) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS). A análise técnica das iniciativas inscritas ficou a cargo de um grupo de trabalho composto por gestores, profissionais de saúde, acadêmicos, especialistas nacionais e internacionais, além de convidados do Ministério da Saúde e OPAS. 

As onze experiências selecionadas estão em análise desde o início da semana por um time de jurados especiais que irão julgar as finalistas. Entre o grupo de jurados estão a colunista da Folha de S. Paulo, Claudia Collucci, a radialista da Rádio Nacional, Mara Régia, a repórter do Estadão, Lígia Formenti, o médico Dráuzio Varella e os jornalistas Luiz Fara Monteiro (TV Record), Alan Ferreira (TV Globo), Chico Pinheiro (TV Globo) e Lise Alves (colaboradora da revista The Lancet). O resultado final será divulgado no dia 29 de outubro, na OPAS, em Brasília. Conheça o time de jurados do prêmio.

Todas as 946 experiências aprovadas pelo comitê técnico para concorrer ao Prêmio APS Forte vão compor uma publicação eletrônica editada pelo Ministério da Saúde e OPAS, chamada Navegador SUS. As três práticas vencedoras entrarão, ainda, em um livro de estudos de casos entre experiências na Atenção Primária.

SAIBA MAIS SOBRE OS FINALISTAS DO PRÊMIO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA

ABAETETUBA (PA) – Em um município com apenas 53% de cobertura de Saúde da Família e com altos índices de mortalidade de mulheres em idade fértil, de gravidez na adolescência e de casos de sífilis, HIV e Hepatites Virais, os profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) viram a necessidade de qualificação para melhorar a abordagem à saúde sexual e reprodutiva dos cerca de 156 mil moradores de Abaetetuba. Eles levaram em conta suas diversidades e singularidades ao longo do ciclo da vida. Saiba mais

DORESÓPOLIS (MG) – Profissionais da Unidade de Saúde de Doresópolis (MG), a única da cidade com 1,5 mil habitantes, se reorganizaram para melhorar a assistência à saúde. Moradores que antes não conseguiam acessar a unidade no horário comercial, por morar na área rural (110 famílias) ou por trabalhar em outra cidade, contam, há mais de um ano, com a unidade aberta todas as terças e quintas-feiras, das 7h à 21h. Saiba mais

JARAGUÁ DO SUL (SC) – A atualização do Protocolo de Enfermagem, por secretarias de saúde com apoio dos conselhos regionais de enfermagem, está ampliando o acesso dos usuários nas unidades de saúde da Atenção Primária. Jaraguá do Sul, cidade com quase 175 mil habitantes em Santa Catarina, registrava, em novembro de 2018m cerca de 15,5 mil consultas/mês reprimidas, somando todas das 25 unidades de saúde da cidade, gerando insatisfação e reclamação dos usuários. Em maio de 2019, a secretaria zerou a fila consultas para a APS. Saiba mais

MOMBAÇA (CE) – Esta experiência mostra a importância das equipes de Atenção Primária à Saúde conhecerem o território que atuam para atingirem a meta nas campanhas nacionais de vacinação. Desde 2017, a vacinação contra a Influenza em Mombaça (CE) é destaque no ranking nacional e estadual do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O planejamento prévio das ações para cada edição anual da vacinação mobiliza toda Secretaria Municipal de Saúde. Saiba mais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – A telemedicina já é realidade no Sistema Único de Saúde (SUS) e o estado do Rio Grande do Sul é um dos pioneiros em telediagnósticos de oftalmologia. Em 2014, o tempo médio para consulta com oftalmologista no estado era de 19 meses e aproximadamente 14 mil pessoas aguardavam atendimento. A oferta de 727 consultas mensais pela saúde pública era insuficiente para manter o equilíbrio entre demanda e oferta da especialidade. Hoje, o tempo médio de espera do exame caiu para 4,5 meses (em salas do interior) e 12 meses (nos pontos de coleta metropolitanos). A demanda média atual é de 2,6 mil solicitações de exames por mês. Saiba mais

SALGUEIRO (RJ) – A Equipe de Saúde da Família que atende a comunidade do Salgueiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, observou um alto número de encaminhamentos de alunos da escola local por alterações de comportamento no ambiente escolar, a maioria antecipando diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). Surgiu aí, para a ESF, a necessidade de avaliar não só as crianças encaminhadas, mas também os contextos familiar e social em que estavam inseridas. No caso, a comunidade do Salgueiro, área de alta vulnerabilidade social. Saiba mais

SANTA CATARINA – A experiência da Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina que criou a Gestão Descentralizada do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade já conta com a adesão de 35 municípios do interior, compondo a Rede de Integração de Ensino e Serviço. Saiba mais

CLIENTE VIVVER: SANTO ANTÔNIO DO MONTE (MG) – Construir um modelo de atenção às condições crônicas de saúde, com foco em hipertensão e diabetes, que seja não só eficaz e sustentável, mas que funcione de forma integrada entre a atenção primária e a secundária. Este foi o desafio do Laboratório de Inovação em Condições Crônicas (LIACC) de Santo Antônio do Monte, município mineiro de 26 mil habitantes, a 160 km de Belo Horizonte. Saiba mais

SÃO PAULO – As unidades de saúde estão sendo motivadas pela Política Nacional da Atenção Básica a implantar o acesso avançado, que busca pelo atendimento às necessidades do usuário no mesmo dia ou em até 48 horas, visando ampliar o acesso dos usuários ofertando 70% das vagas de consulta para os atendimentos da demanda espontânea dos usuários e 30% para os de grupos prioritários já atendidos. Esta experiência, desenvolvida pela prefeitura de São Paulo em parceria com o Instituto Israelita de Responsabilidade Social Albert Einstein, comparou esses dois modelos de cuidado e oferece subsídio para a discussão sobre a forma de implantação do acesso avançado na APS, visto que há pouco conhecimento acumulado sobre o assunto. Saiba mais.

SENADOR CANEDO (GO) – Com o envelhecimento populacional e o aumento das doenças crônicas na cidade de Senador Canedo (GO), a Atenção Primária à Saúde (APS) assumiu a responsabilidade de coordenar o cuidado dos usuários com necessidades de reabilitação física. São pacientes acometidos de doenças neurológicas, ortopédicas, cardiovasculares, entre outras, que precisam de cuidados de fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais. Saiba mais.

TEFÉ (AM) – Esta experiência mostra que é possível fornecer saúde de qualidade e cidadania para comunidades ribeirinhas e para os povos da floresta. Desenvolvida em Tefé, cidade à 540 km de Manaus (AM), onde as ruas são rios, os serviços da Atenção Primária teve que se adaptar às condições do território. Saiba mais.

Fonte:  Nicole Beraldo, da Agência Saúde via Ministério da Saúde.

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