Foto: Rodrigo Nunes/MS
O cuidado multiprofissional na Atenção Primária à Saúde, principal porta de entrada do SUS, volta a ser prioridade do Ministério da Saúde. Com investimento de mais de R$ 870 milhões em 2023, a pasta retoma o custeio de equipes compostas por profissionais de saúde de diferentes áreas como nutricionistas, fisioterapeutas, pediatras, psicólogos, ginecologistas e farmacêuticos. A eMulti, lançada nesta segunda-feira (22), fortalece o cuidado multidisciplinar com o aumento do valor do repasse aos estados e municípios para o custeio das equipes e novas especialidades, com a inclusão de cardiologistas, dermatologistas, endocrinologistas, infectologistas e hansenologistas. Assim, o Governo Federal amplia o acesso à saúde, à prevenção de doenças e diagnósticos para mais de 85 milhões de brasileiros.
Esse atendimento era garantido pelo Núcleo de Apoio à Saúde (Nasf), criado em 2008, mas foi desmontado pela última gestão. A falta de financiamento do último governo para que estados e municípios pudessem manter as equipes organizadas e funcionando causou desassistência, principalmente nas regiões mais vulneráveis do Brasil. Com a reconstrução e reformulação dessa estratégia, agora chamada de eMulti, a expectativa é que 4 mil equipes multiprofissionais voltem a se organizar e prestar esse atendimento em todo país.
“O eMulti retoma, inova e fortalece o cuidado multiprofissional na Atenção Primária, a partir da experiência do Nasf que era parte estruturante do SUS. Essa retomada é uma das prioridades para saúde no governo do presidente Lula, além de ter sido uma demanda de gestores municipais e estaduais. Estamos reconstruindo a assistência, o cuidado integral, resgatando o acesso à saúde dos brasileiros”, reforçou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa.
A retomada das equipes multiprofissionais é fundamental para assegurar o cuidado integral da população, aumentando a resolutividade dos problemas de saúde na Atenção Primária, já que os brasileiros terão acesso aos atendimentos especializados nas Unidades Básicas de Saúde.
“Estamos criando teias de cuidado, microrredes , otimizando estruturas e simplificando a organização e o acesso no SUS. Essa estratégia se reproduz em pequenos, médios e grandes municípios, pois a base é o território mínimo de um conjunto de equipes de saúde da família. Onde houver uma ou mais equipes de saúde da família, poderemos ter uma equipe multiprofissional vinculada. O desenho é adaptável a diversas dimensões e irá transformar o território do município num espaço de cuidado integral à saúde do povo”, destacou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes.
De acordo com a portaria publicada nesta segunda (22), que estabelece as diretrizes para custeio e implantação das equipes, as eMulti serão classificadas em 3 modalidades de acordo com a carga horária, vinculação e composição profissional. Os repasses mensais do Ministério da Saúde para custeio dessas equipes variam entre R$ 12 mil e R$ 36 mil. O custeio também poderá variar de acordo com indicadores de desempenho de cada localidade.
Muitos municípios, mesmo com a desestruturação dessa estratégia no último governo, mantiveram as equipes multiprofissionais funcionando. Agora, com a retomada do investimento, essas equipes poderão ser reorganizadas.
Confira os profissionais que poderão ser incluídos nas equipes:
- Arte educador
- Assistente social
- Farmacêutico clínico
- Fisioterapeuta
- Fonoaudiólogo
- Médico Acupunturista
- Médico Cardiologista
- Médico Dermatologista
- Médico Endocrinologista
- Médico Geriatra
- Médico Ginecologista/Obstetra
- Médico Hansenologista
- Médico Homeopata
- Médico Infectologista
- Médico Pediatra
- Médico Psiquiatra
- Médico Veterinário
- Nutricionista
- Profissional de Ed. Física na Saúde
- Psicólogo
- Sanitarista
- Terapeuta Ocupacional
Fonte: Ministério da Saúde