O primeiro Seminário Macrorregional Jequitinhonha de Hanseníase, promovido pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), com apoio da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Diamantina, foi realizado no dia 23/11, no anfiteatro da UFVJM, em Diamantina.

O evento objetivou o debate e a capacitação sobre esta doença infecciosa, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, um desafio persistente para a saúde pública no Brasil. Sem o diagnóstico e tratamento adequados, a doença tem o potencial de causar sérias complicações e incapacidades.

Participaram do seminário coordenadores e profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), vigilância epidemiológica e acadêmicos da área da saúde. O foco do seminário foi a capacitação para busca ativa, diagnóstico precoce e tratamento em tempo oportuno da hanseníase, ressaltando a urgência de ações eficazes e de conscientização sobre a sua gravidade e manejo.

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Seminário em Diamantina – MG aborda desafios e estratégias para o combate da hanseníase na macro Jequitinhonha

Durante o ciclo de palestras e discussões, os participantes foram atualizados sobre o cenário epidemiológico da doença na macrorregião de saúde Jequitinhonha e receberam orientações técnicas para o diagnóstico precoce da hanseníase, bem como da necessidade de uma atenção primária forte e informada, que seja capaz de identificar os sinais e sintomas da hanseníase prontamente, garantindo assim uma resposta rápida e efetiva no tratamento e na prevenção de novos casos.

A professora do curso de Enfermagem da UFVJM, Gabriela de Cássia Ribeiro, que trabalha com a hanseníase há quase duas décadas, destacou a importância da atenção a esta doença tropical negligenciada. Ela enfatizou que, apesar de ser uma das principais causas de incapacidade física, a hanseníase ainda recebe pouca atenção e investimento.

“A hanseníase está intrinsecamente ligada ao ciclo de pobreza e vulnerabilidade social, contribuindo para perpetuar essas condições nas comunidades afetadas”, afirmou a professora. Ela também ressaltou a necessidade de estratégias eficazes para o manejo da doença em territórios e municípios, enfatizando a importância do diagnóstico clínico e da notificação compulsória para um tratamento adequado e para a compreensão epidemiológica da doença.

Élida Araújo, referência técnica regional de hanseníase da SRS Diamantina, explicou que o seminário é o primeiro de várias atividades propostas pelo projeto de extensão da UFVJM “Hanseníase: problema resolvido ou negligenciado?”, coordenado pela professora Gabriela Ribeiro.

Ela ressaltou a relevância da educação contínua dos profissionais de saúde. “Capacitar os profissionais para lidar com a complexidade da hanseníase é crucial para reduzir a incidência da doença,” destacou a referência técnica. Ela também expressou satisfação com o impacto positivo do evento na macrorregião Jequitinhonha, observando que os profissionais iriam retornar aos seus territórios com uma nova perspectiva sobre a doença.

Entre os palestrantes estiveram presentes Gabriela de Cássia Ribeiro, professora do curso de Enfermagem da UFVJM; Élida Leite Araújo, referência técnica regional de hanseníase da SRS Diamantina; Daniele dos Santos Lages, coordenadora interina do programa Estadual de Hanseníase da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG); Luciane da Silva Lima, assessora técnica da coordenação das Doenças Transmissíveis da APS do Ministério da Saúde, que participou por videoconferência e, Najla Alves Costa, professora da Faculdade de Medicina Famed/UFVJM.   

Fonte: Ricardo Maciel via SES – Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

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